Cobertura Contra Roubo
A cobertura contra roubo é uma das mais procuradas pelos segurados, especialmente em áreas urbanas.
O que cobre:
- Furto qualificado ou roubo de bens dentro do imóvel (eletrodomésticos, eletrônicos, joias, entre outros).
- Arrombamento de portas e janelas, desde que caracterizado o crime.
- Danos causados durante a invasão, como vidros quebrados ou portas danificadas.
O que não cobre:
- Furto simples (sem sinais de arrombamento).
- Objetos de valor muito elevado não declarados na apólice.
- Roubos cometidos por moradores ou funcionários do segurado.
Direito do segurado:
De acordo com o Código Civil Brasileiro, art. 757, o segurado tem direito à indenização dos prejuízos materiais, respeitando os valores e limites contratados. É essencial que o segurado registre um boletim de ocorrência e apresente provas dos bens furtados para solicitar a indenização.
Cobertura Contra Incêndio
O incêndio residencial é uma das maiores causas de perdas totais de imóveis, por isso essa cobertura é geralmente obrigatória em qualquer apólice básica.
O que cobre:
- Danos causados pelas chamas, como destruição de móveis, paredes, pisos e estrutura do imóvel.
- Combate ao incêndio, como os custos dos bombeiros ou serviços de emergência.
- Em alguns casos, danos a imóveis vizinhos, se o incêndio se propagar.
O que não cobre:
- Incêndios causados por má conservação elétrica conhecida e não reparada.
- Fogo causado de forma intencional (fraude).
- Bens não declarados na apólice.
Direito do segurado:
Segundo a SUSEP (Superintendência de Seguros Privados), o segurado tem o direito de ser indenizado até o limite máximo de garantia (LMG) previsto no contrato. É possível incluir cláusulas adicionais para garantir cobertura completa de bens de alto valor ou reconstrução total da casa.
Cobertura Contra Vendaval
Os vendavais, especialmente em tempos de mudanças climáticas, estão mais frequentes e causam sérios danos estruturais.
O que cobre:
- Destelhamento, queda de muros e danos estruturais causados por ventos fortes (acima de 54 km/h).
- Queda de árvores ou postes sobre o imóvel.
- Infiltrações causadas pelo vendaval, desde que o telhado tenha sido afetado.
O que não cobre:
- Danos causados por má manutenção (ex: telhado já comprometido).
- Vazamentos sem relação direta com o vento forte.
- Danos indiretos (como perda de alimentos devido a queda de energia, salvo se previsto na apólice).
Direito do segurado:
O segurado tem o direito de solicitar vistoria técnica da seguradora e receber indenização parcial ou total, conforme o grau do dano e o limite de cobertura contratado. É importante tirar fotos dos danos e preservar os vestígios até a inspeção.
Cobertura Contra Enchentes
A cobertura contra enchentes e alagamentos não está presente em todas as apólices básicas, sendo normalmente uma cobertura adicional. Mas ela é essencial em regiões de risco.
O que cobre:
- Danos a móveis e eletrodomésticos causados pela entrada de água no imóvel.
- Danos à estrutura, pisos e paredes por infiltração de água da rua.
- Serviços de limpeza e desinfecção da residência.
O que não cobre:
- Enchentes causadas por entupimento interno do imóvel.
- Imóveis construídos em áreas de risco não declaradas.
- Danos progressivos anteriores ao evento.
Direito do segurado:
Se a apólice incluir cobertura contra alagamento, o segurado tem direito à indenização dos bens afetados mediante comprovação (fotos, notas fiscais, laudo técnico). A seguradora deve avaliar o sinistro em até 30 dias corridos, conforme determina a Resolução CNSP nº 363.
Como Saber se Meu Seguro Cobre Todos Esses Riscos?
O primeiro passo é ler a apólice com atenção. A cobertura básica geralmente cobre apenas incêndio, explosão e queda de raio. Para incluir roubo, vendaval e enchentes, é preciso contratar coberturas adicionais.
Dica importante:
Peça ao seu corretor de seguros uma simulação personalizada com as coberturas mais adequadas à sua realidade, levando em conta localização, valor dos bens e perfil de uso do imóvel.
Direitos do Segurado: O Que Diz a Lei?
De acordo com o Código de Defesa do Consumidor (CDC), o segurado tem direito à transparência contratual, ou seja, a seguradora deve deixar claro:
- O que está ou não coberto.
- Quais são os prazos de carência, vigência e pagamento.
- Como proceder em caso de sinistro.
Além disso, a SUSEP, órgão regulador dos seguros no Brasil, exige que as seguradoras respeitem os direitos dos clientes em todas as fases do contrato: da oferta até a indenização.
Ter um seguro residencial não é apenas uma proteção contra o imprevisto — é um direito do cidadão que deseja preservar seu patrimônio. Mas para que esse direito seja garantido, é essencial entender exatamente o que está incluso na apólice, contratar coberturas específicas para sua realidade e estar bem informado sobre seus direitos.
Se você ainda tem dúvidas sobre sua cobertura ou deseja saber quais planos oferecem proteção completa contra roubo, incêndio, vendaval e enchentes, explore nossos outros artigos aqui no blog ou fale com um corretor especializado.
🔍 Quer entender melhor seu seguro atual? No nosso blog, temos conteúdos completos sobre cada cobertura, além de dicas práticas para proteger seu lar com tranquilidade. Pesquise no blog